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Alterações do Sono
Alterações do Sono
As alterações do sono, sendo considerado um mecanismo homeostático, tem um papel fundamental no equilíbrio físico e psicológico da pessoa, que determina de forma significativa a qualidade de vida.
Atualmente, por diversas razões, as perturbações do sono têm vindo a aumentar. Sendo o sono uma função biológica fundamental, na sociedade contemporânea o estilo de vida tem conduzido a uma diminuição progressiva no período de sono.
As perturbações do sono são influenciadas por mecanismos neurobiológicos, no qual o sistema nervoso central submete-se a diversas mudanças dinâmicas, durante o sono, coordenadas pelo proencéfalo e protuberância, mediadas por neurotransmissores. Deste modo, a monitorização do sono é crucial para a prática clínica, uma vez que, a perturbação do sono é, frequentemente, um sintoma precoce de uma perturbação mental. A alteração do sono conduz com frequência várias doenças psiquiátricas, como: a depressão major, episódio maníaco, perturbação de ansiedade generalizada e perturbação de stress pós-traumático.
O sono normal...
Todas as pessoas devem cuidar do sono, pois encontra-se envolvido em vários processos fisiológicos importantes, nomeadamente: na consolidação da memória, na conservação de energia e promoção de processos anabólicos, na plasticidade cerebral e no restauro metabólico do cérebro, “desintoxicação” do cérebro, etc.
Insónia
A insónia acaba por ser a queixa mais frequentemente reportada, caracterizada pela dificuldade em adormecer, qualidade reduzida do sono e/ou dificuldade em permanecer a dormir em circunstâncias adequadas. A insónia provoca mal-estar clinicamente significativo, tendo um impacto negativo na saúde física e psíquica das pessoas, causando elevados prejuízos sociais. Vários fatores podem influenciar o aparecimento da Perturbação de Insónia, como: disfunções a nível psicológico e social, medicação, alterações fisiológicas, idade, género, condições de trabalho, fatores ambientais e comportamentais.
Consequências da Insónia:
- Alterações da função cognitiva
- Aumento do risco de acidentes
- Diminuição da qualidade de vida
- Variações do humor e do comportamento
- Vontade de dormir durante o dia
- Agravamento de doenças psiquiátricas e outras patologias
Consequências da Insónia:
O seguinte modelo explicativo da insónia acaba por delinear como a insónia surge de forma aguda e como se poderá tornar crónica.
Existem determinados fatores que desencadeiam a insónia, nomeadamente: a idade avançada e todo o conjunto de patologias associadas ao envelhecimento; pessoas com ansiedade e depressão; e características da personalidade.
Acontecimentos de vida geradores de stress. A maioria tem um impacto emocional significativo na pessoa, originando ansiedade e preocupação, como por exemplo: o desemprego, as dificuldades económicas, conflitos laborais, etc.
Relacionam-se com um conjunto de maus hábitos de sono. Uma situação frequente é o aumento do tempo de permanência na cama face ao habitual, na tentativa de compensar a noite anterior mal dormida, o que conduz a alterações no ritmo do sono. As sestas, na tentativa de compensar a sonolência diurna, decorrente da noite mal dormida. A utilização de estimulantes durante o dia, como é o caso do café, para combater a sonolência e a ingestão de álcool à noite ou a utilização abusiva de indutores de sono, são fatores que também contribuem para o agravamento e a manutenção da própria insónia.
A classificação da insónia pode ser classificada de acordo com vários critérios. O período de duração da insónia leva a que se divida em insónia aguda ou crónica. A insónia aguda ocorre durante um período geralmente inferior a um mês, estando associada a um fator de stress. Por sua vez, a insónia crónica tem uma duração superior a um mês, afetando pelo menos a três noites por semana. O período de ocorrência da insónia permite dividi-la em: inicial – se ocorrer no início da noite; intermédia – se ocorrer a meio da noite; e terminal – acordar matinal precoce.